Artigo 009
Estamos vivendo num tempo diferente, período de pandemia, onde o ritmo da vida mudou. Agora estamos mais em casa, uma oportunidade para vivenciar mais intensamente a vida de fraternidade, para rever a nossa vida, a nossa vocação, a missão do nosso estilo de viver e de ser discípulo missionário.
Jesus se faz companheiro de viagem de cada um de seus seguidores. Ele se apresenta como o verdadeiro caminho, a verdade e a vida. Jesus não é um Mestre que ensina fórmulas, mas sim nos apresente um estilo de vida.
Ele se apresenta com um novo modo de ser e de agir, de viver. Seu caminho é o caminho da cruz, da doação total, do amor até as últimas consequências, até o fim. Caminho que chega na ressurreição, na plenitude da vida ao Pai.
Cristo é a verdade que liberta (Jo 8,32). A verdade de Jesus são as suas palavras e as suas ações que revelam fielmente a missão que o Pai lhe confiou. Cristo é a verdade diante de mil informações que duram somente um dia, a verdade de Jesus permanece eternamente.
Cristo é a vida e vida em abundância (Jo 10,10). Esta é a missão que o Pai lhe confiou. A vida que Ele oferece gratuitamente pela vida do mundo, vida que nos alimenta, fortalece na caminhada na dignidade de filhos de Deus, nos dando perseverança e fidelidade rumo à casa do Pai.
Como seguidores de Jesus estamos em processo permanente de crescimento e renovação. Somos continuadores da missão de Jesus, o amor que vivemos em fraternidade, a comunidade de fé que formamos são uma antecipação da morada eterna na casa do Pai.
Diante da realidade que estamos vivendo hoje, somos chamados a cuidar uns dos outros não “deixando ninguém para trás”. Olhando para todos com amor, ternura, misericórdia, estendendo as nossas mãos para servir, partilhar a vida, a verdade e o pão da palavra. O pão que alimenta o corpo, templo do Espírito Santo, direcionando nossos pés onde a vida está sendo ameaçada e ferida. Que os nossos ouvidos estejam atentos para ouvir a dor o grito dos filhos de Deus nossos irmãos que clamam por vida, justiça, dignidade.
Assim, a Vida Religiosa Consagrada, desde o amanhecer até o entardecer, esteja sempre presente onde a vida clama por socorro, cada um do seu jeito. Precisamos estimular a todos com a oração, com o silêncio fecundo, com a palavra, com serviço, com a presença profética nas periferias existenciais.
Que os nossos fundadores intercedam por nós, pois é tempo e oportunidade de uma nova leitura da realidade, de atualizar o carisma, de renovar o nosso SIM. Que Maria mãe e modelo da Vida Religiosa Consagrada, nos ajude a “fazer tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
Assessora da formação, Ir. Marizete Salete Wansoski
